EU DISSE QUE GOSTAVA DE DIÁRIOS?
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
Para 2020
domingo, 29 de dezembro de 2019
Encomenda que a vida deixa
sábado, 28 de dezembro de 2019
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
sábado, 21 de dezembro de 2019
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
12/12
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
domingo, 1 de dezembro de 2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
Para eu não me dizer que me esqueci da “2019 conclusions”.
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
domingo, 17 de novembro de 2019
sábado, 16 de novembro de 2019
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
As pessoas assustam-me. Com rostinhos angelicais escondem verdadeiros monstros; feios, arrogantes e não gentis.
Novembro, 13
terça-feira, 12 de novembro de 2019
sábado, 9 de novembro de 2019
Solução: vira gente.
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
(...)Quando a pessoa sofre violência física, ela descobre no processo de cura que já vinha recebendo e deixando passar inúmeras violências morais, verbais.
Preferia ter perdido para a morte.
Agosto, setembro e outubro que eu esquecerei. Juro! A vida me sorri ainda.
terça-feira, 5 de novembro de 2019
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
domingo, 3 de novembro de 2019
A vida se impõe.
Tenho vários motivos para comemorar e nenhum.
A vida boa sou eu quem faço.
sábado, 2 de novembro de 2019
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
Finados
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
“Para de ligar todo dia”
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
terça-feira, 29 de outubro de 2019
O macaco de uniforme
sábado, 26 de outubro de 2019
Poema de Eugénio de Andrade
É URGENTE O AMOR
Eugénio de Andrade - (1923-2005)
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
Bula de remédio
Figura A tocando o braço de figura B dirige-se a figura C:
_ Está com inveja?
Figura D abre o braço de pássaro sobre C e diz assim, no tiro à queima-roupa:
_ Figura C não precisa.
Sobre um brasileiro babaca
segunda-feira, 21 de outubro de 2019
domingo, 20 de outubro de 2019
Sou Suzana
sábado, 19 de outubro de 2019
Texto de Cássio Zanatta.
Da hora
.
.
.
"Chega uma hora em que não é mais desconcertante rever o grande amor. Mais provável ser atropelado na ciclofaixa. Tempo dos cabelos irem desistindo pelo caminho, das ilusões respirarem por aparelhos e de se munir de toda a paciência que resta, quando alguém discute política como se fosse a coisa mais importante.
O tempo de tudo que ainda for possível. Da urgência de experimentar uma fruta desconhecida. Caminhar por uma cidade onde nunca se esteve. Hora de dar menos autoridade ao despertador e de ficar horas matutando, tentando se lembrar do nome do colega de Ginásio. Quando o dia resolve ter a duração de 19 horas e cada sete anos passam a caber em cinco. Da sesta mais por obrigação que por opção.
Descobrir que já leu o livro depois de 282 páginas, faltando apenas 17. Ter todo o tempo do mundo para ir a Machu Picchu, mas ter imensa preguiça de subir aquele tanto. Fazer com o molho na camiseta o que Pollock fazia com as tintas na tela. Esquecer as caneladas e achar que tudo foi leve e bom.
A hora em que toda gratidão humilha qualquer obrigação.
Quando se leu tanto livro, meu Deus, e de cada ida à livraria nasce uma aflição do tanto que ainda se quer ler, mais o remorso de nunca ter lido Joyce. Da barriga insistir em chegar na frente. De sentir uma indefinida tristeza do quanto seria inútil telefonar para os pais.
É tarde para aprender a fazer moqueca. De começar a carreira de astro do rock, de tatuar dragão nas costas, tentar entender o manual de instruções, se entregar a uma nova crença, aprender a cabecear de olhos abertos, desistir de assobiar em público. Mas só para isso, para o resto ainda resta muito e as mangas estão arregaçadas.
Cada segundo dedicado a um lamento é um perdido de dar risada. Um remorso toma tempo demais, demais.
Mas calma, a hora ainda não é esta. É porque o relógio, solidário, também anda se confundindo. Não há pressa, ou melhor, não deve haver. O problema é que você não está no comando, quem está é um CDF, um caxias, incorruptível, o bundão que vai cumprir com a tarefa com toda a eficiência, o pé no acelerador, o quanto antes, sem admitir nem uma matadinha de aula para ir ao cinema.
Chega uma hora em que um aniversário a mais, um a menos, não parece fazer tanta diferença. Só para quem reparou que não havia bexigas coloridas e você precisou respirar duas vezes para apagar todas as velas.
Mas aí vem um abraço longo, que pausa tudo, a gente se deixa apertar por um tempo que não tem medida, de olhos bem fechados e, quando abre, misteriosamente, muito misteriosamente, vê surgirem sobre a mesa três travessas de brigadeiros e duas de quindins."
quarta-feira, 16 de outubro de 2019
terça-feira, 15 de outubro de 2019
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
domingo, 13 de outubro de 2019
Poema de Mia Couto
"Pergunta-me
Pergunta-me
se ainda és o meu fogo
se acendes ainda
o minuto de cinza
se despertas
a ave magoada
que se queda
na árvore do meu sangue
Pergunta-me
se o vento não traz nada
se o vento tudo arrasta
se na quietude do lago
repousaram a fúria
e o tropel de mil cavalos
Pergunta-me
se te voltei a encontrar
de todas as vezes que me detive
junto das pontes enevoadas
e se eras tu
quem eu via
na infinita dispersão do meu ser
se eras tu
que reunias pedaços do meu poema
reconstruindo
a folha rasgada
na minha mão descrente
Qualquer coisa
pergunta-me qualquer coisa
uma tolice
um mistério indecifrável
simplesmente
para que eu saiba
que queres ainda saber
para que mesmo sem te responder
saibas o que te quero dizer."
Mia Couto, in 'Raiz de Orvalho'
sábado, 12 de outubro de 2019
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
Comunismo é uma merda.
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
terça-feira, 8 de outubro de 2019
domingo, 6 de outubro de 2019
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
Eis aqui o meu Porra!
P.S.: E não adianta deletar os chats. Eles retornam.
... para suas assombrações.
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Eu tatuaria um de seus poemas na minha pele.
domingo, 22 de setembro de 2019
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Quando algo pequeno que faço se torna imenso em duas almas.
terça-feira, 17 de setembro de 2019
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
domingo, 15 de setembro de 2019
sábado, 14 de setembro de 2019
Republicação
Eu nunca soube de cor o número do meu CPF. Aos vinte anos, eu tentava imaginar o que estaria fazendo ao completar 40 anos, só porque eu deveria renovar a minha carteira de motorista. Decorei três números de telefone, o da minha mãe, um do meu irmão e o meu. Atualmente, paro antes para me lembrar do meu. Outro dia, perguntaram-me, num estacionamento, qual o número da placa do meu carro, eu respondi que não sabia, ela, a moça que cobrava a permanência, que olhasse. Porém, recordo-me das datas de aniversários de amigos do passado, gente que nunca mais vi e nomes de ruas nas quais morei. Meu espelho é sempre a minha última fotografia, por ela vejo o que mudar ou não em mim.
Percebi que eu tinha os olhos tristes, apaixonados, perdidos. Percebi isso ao rever velhas fotografias que resgatei de dentro de caixas. Mas, eu nunca fui triste, eu tinha tristezas, apenas isso. Apesar da minha dificuldade para decorar números, sou ótima para saber de mim, mesmo quando finjo o contrário. Pois então, eu sei muito bem o que quero, eu sempre soube. Ou melhor, eu sabia.
Hoje em dia, qualquer vento pode me fazer cócegas e muitos dos meus princípios mudaram de endereço, perderam-se nas decepções da vida. Para que tanta definição de si mesmo? De mim mesma? Para merda nenhuma, que me perdoem o bom uso dessa palavra! Para que a minha eterna tabuada, pregada na barra da minha saia para eu colar de vez em quando e fingir que sou mestre?
Eu sei quem sou eu, sei, sim. Hoje, eu sei o que me faz feliz e o que não faz. E só. Basta! Não preciso mais do que isso. Outro dia, conheci um menino que me fazia sorrir, conheci três, conheci dez! Entretanto, todos, em um determinado ponto, pararam de me fazer sorrir e, eu, muito tonta, continuei sorrindo para eles e traçando mapas para nós, delirando... Revejo esses meninos, revejo-me e nada mais encontro porque eu fui ali, saí, larguei o que eu carregava em cantos quaisquer, desfiz as magias tolas e fui ser feliz. Simples. Minha felicidade é o meu corpo, que cuido; minha alma que preservo, e minha inteligência, que me salva.
Eu não sei mais para onde estou indo, o GPS pifou. O mapa? Eu nunca soube mesmo para que lado posicioná-lo. A agenda de telefones? Demoro um ano para atualizá-la, estou sempre um ano atrasada, enquanto todo mundo corre. E todo mundo se espanta, ainda tenho agenda de papel. Ainda tenho tempo de me perder porque parei de dar importância ao traço do compasso. Nunca fui boa mesmo em aritmética, nem em ritmo e equilíbrio, tenho Labirintite, não aprendi a tocar piano e a andar de bicicleta. Só acertei o alvo quando gritei 'este, eu quero', e isso ocorreu poucas vezes. Durmo antes do terço acabar, ladainhas são soníferas... Minha reza é apenas uma conversa, às vezes, íntima, às vezes, nem tanto. Sempre houve em mim um quê de distração pelas coisas, desejos e pessoas... o que eu sempre soube fazer foi levantar voo; me dê uma razoável tranquilidade e eu já não estou mais onde você pensa que estou.
É que todo mundo corre porque já quer chegar. Eu estou sempre indo.
por Suzana Guimarães