EU DISSE QUE GOSTAVA DE DIÁRIOS?

Fotografia, Suzana Guimarães
Data: Junho de 2020


quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Belo Horizonte ♡


My city, Belo Horizonte.

New York revealed to me the love I never imagined having for Belo Horizonte.

New York revelou-me meu amor que nunca imaginei ter por Belo Horizonte.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Tanto a extrema direita quanto a extrema  esquerda na política brasileira estão vivendo de ódio. Em nome de ideologias hipócritas sufocam o jeito brasileiro de ser feliz. Estamos na era do proibido, nada se pode fazer, apenas odiar, não se pode mais falar em meio termo ou desejar nem o oito e o oitenta. Estamos sendo oprimidos. Temos que sufocar nossos gostos musicais, nossos artistas, só podemos ser fãs daqueles que balançam as bandeiras de cada um. Virou tudo opressão e opressão é caretice, é coisa antiquada, demodê. Em pleno século XXI e pessoas ainda tentando colonizar, fazer escambos com espelhinhos de papelão.

domingo, 27 de novembro de 2022

Eu não iria a Catar para assistir à Copa nem que ganhasse a viagem todinha de graça em hotel cinco estrelas. Pra ver um mundo onde as mulheres são tratadas como inferiores, gente de segunda? O mundo feminino já tem suas complicações normais e isso já é o bastante. Ser mulher é difícil.

Hora Grave


"Quem agora chora em algum lugar do mundo,
Sem razão chora no mundo,
Chora por mim.

Quem agora ri em algum lugar na noite,
Sem razão ri dentro da noite,
Ri-se de mim.

Quem agora caminha em algum lugar no mundo,
Sem razão caminha no mundo,
Vem a mim.

Quem agora morre em algum lugar no mundo,
Sem razão morre no mundo,
Olha para mim".

(poema de Rainer Maria Rilke - 1875-1926)

sábado, 26 de novembro de 2022

""Você está velho, deveria ser mais independente", diz o pai enquanto a esposa passa a ferro suas roupas para o trabalho.

"Você ainda mama no peito?", pergunta a prima que não para de fumar cigarros.

“Você tem que ouvir quando falam com você”, diz o avô que prepara carne para o genro vegetariano.

"Tem que dormir sozinho, no berço", diz a mãe que quando o pai viaja vai dormir na casa da mãe.

"Empreste o carrinho, não seja egoísta", diz o cara que não empresta o carro nem para a mulher.

"Não é não, tem que entender", diz a sogra que ainda não entendeu que deve ligar antes de aparecer.

"A surra educa, não é violência", diz o cuidador que ainda tem pesadelos com o cinturão do pai.

“Tem que respeitar os adultos”, diz a avó que dá Coca-Cola para a criança quando a mãe não está olhando.

O melhor presente que podemos dar aos nossos filhos é comportar-se como adultos e deixá-los em paz.  Já é difícil crescer em um mundo tão incoerente como o nosso".

(Desconheço autoria)

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

poem

“ A arte de perder
A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.

Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.

Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

- Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério.”

(Elizabeth Bishop, tradução de Paulo Henriques Britto)

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Considerações do colega de trabalho do R que ficou uma semana trabalhando em uma empresa em São Paulo:
1. R estava certo. O café que servem nos EUA é horroroso. 
2. R estava certo. Tem cappuccino, creme de leite e biscoitinhos junto ao café.
3. R estava certo: a pizza 🍕 de São Paulo é inigualável. 
4. R acertou: o clima político nos dias próximos e durante a eleição não estava bom, mas teve jogo e as pessoas amanheceram felizes. 😉
5. Em todos os lugares tinha R's falando deixa eu fazer e o sotaque era idêntico.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

A minha irmã foi quem me apresentou a Gal no início da década de 1980. Ouvia os discos dela na maior altura enquanto limpava a casa. Nosso cachorro detestava uma das músicas dela Festa do Interior, "Nas trincheiras
Da alegria
O que explodia
Era o amor...". Nesse ponto, Choppinho, que já estava de orelhas em pé, gritava alucinadamente. Só parava quando a música acabava. Acho que a voz forte da Gal afetava os miolos dele.

Não sei por que não ganhei o prêmio acumulado de 2 bilhões de dólares da loteria americana. 🙄

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

A minha primeira perda foi aos oito anos de idade, meu avô paterno que me adorava se foi. Sim, eu já fui a preferida de alguém. Depois perdi minha vó materna no réveillon, e ela era a avó dos sonhos de todos. Bem logo depois, meu cachorro se foi muito velhinho, dezessete anos... e eu chorei um mundo. Nove anos atrás, meu pai tristemente se rendeu ao corpo doente e muito fraco e partiu. Meu pai amava viver. No ano passado, quem eu não esperava partir tão cedo se foi, a minha irmã. 
E eu vou morrendo todo dia num pouco de tristeza... já me perguntaram quantas mortes eu tive... respondo que várias, incalculáveis, e muitas delas ninguém soube.