Eu não tenho nada para lhe dizer, nem uma só palavra! E nem a quero ter. Todas as palavras lançadas por ambos foram um triste desarranjo, um buquê, buquê de rosas, flores, ramos e espinhos, mas arranjo mal ajeitado por nossas mãos, infelizes mãos!
Não fechei portas (eu nunca consegui!), mas tudo é caminho árido, desértico... outro dia, estive em um. A palavra deserto só é bela na escrita, não, não que o deserto seja feio, ele é belo, mas não é doce como a poesia queria que fosse, e nem é fácil. O deserto é dono de si e é impiedoso. Naquele caminho, onde estive, eu percebi que há passagens que não nos levam a lugar algum. Só nos dão cansaço e sede. Muita sede. A falta da água é sempre dor.