EU DISSE QUE GOSTAVA DE DIÁRIOS?

Fotografia, Suzana Guimarães
Data: Junho de 2020


terça-feira, 18 de dezembro de 2018


Disseram-me que 2019 será o ano de Ogum, o ano da sentença. Aguardo-o ansiosamente. Fiz a minha parte, e assim canta Ivan Lins,

“Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo me deu certeza...

Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo foi concebido...

Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Ah Eu!
Usei todos os sentidos...”

Não vivi da boca para fora. Não fui covarde. Tive coragem todos os dias por mais que isso exigisse certo esforço. Não fugi. Isso porque não sou nada demais, sou mais uma neste mundo enorme. Cumpro o meu destino com simplicidade. Caço-me e encontro-me em mim mesma, de forma incessante. Sou tudo o que devo cuidar. Não preciso percorrer o mundo todo para encontrar-me, basta eu desfocar meus olhos do meu Ego e estender as mãos para os outros, para o amor e para a realidade. A vida toda boa não existe. Desconfio das pessoas que estão sempre perdidas e confusas. Desconfio de tudo que é da boca para fora.