EU DISSE QUE GOSTAVA DE DIÁRIOS?

Fotografia, Suzana Guimarães
Data: Junho de 2020


terça-feira, 2 de junho de 2020

Ganhei uma balinha de chocolate com maconha. Comi.



Eu nunca usei maconha porque não quis e por vários motivos, dentre eles, o cheiro da erva me dá vontade de vomitar e eu sempre vivi um mundo à parte já suficientemente pouco compreensível pela maioria. Pode-se dizer que eu nasci um etezinho ou uma pessoa quase autista. Pra que então sair da realidade?

Ontem, eu aceitei o docinho de chocolate e maconha para experimentar o tanto que ele pode ser terapêutico. A Califórnia permite.

Children, pensei que não fosse fazer efeito algum porque certas substâncias precisam ser em doses cavalares para me derrubarem, daí, pensei, talvez me coloque para dormir e isso era a ideia principal.

No quadragésimo minuto, percebi que a minha distração havia aumentado e eu nem sabia mais o que estava falando para um amigo no WhatsApp, no minuto depois, senti a ponta da minha língua adormecendo, e assim nessa sequência, senti minhas têmporas sendo pressionadas de leve, e fiquei beiçuda, como se tivesse colocado botox. Daí para frente, eu ri. Só de lembrar eu rio novamente.

Fácil dominar um povo, realmente, dê alguma droga e ele não fará resistência na beira da praia.

O efeito durou exatamente sete horas e eu fiquei com ânimo baixo na sexta hora, e dormir que era bom, nada!

Se gostei? Bom, deve ser muito legal em determinadas circunstâncias. Na minha rotina, não há espaço porque eu não posso passar horas do meu dia na brisa. Eu ri muito e isso foi ótimo, mas eu rio muito constantemente... vocês podem não acreditar, mas é, pareço aquele saquinho de riso da década de 1980.