Eu não gosto de ser descartada, se for, que seja com educação. Não admito que pessoas entrem na minha vida sem gestos de boa educação e caráter, então, quero o mesmo quando elas se forem. Mas, a gente comete erros nesta vida e sofre pelos erros alheios, isso é fato, e é inevitável. O que pensamos ser brilho é apenas lusco-fusco. Daí, sofremos com o descaso do outro. Ah, estou assim, a sofrer! Vai passar, é claro! Mas, dói.
Reencontrei um colega de sala do passado. Ele se aproximou, fez festa para mim, conquistou-me - algo que ele nunca conseguiu fazer em anos de colégios, aproximou-se, falou, segredou, se abriu... como nunca havia feito antes. Pensei que esta vida tinha encanto, sim! O tempo não havia nos tornado monstros! Não éramos estranhos, éramos colegas, eternos. Desencantada no meu mundo de amizades, eu o recebi com meus olhos em chama, reaprendi a sorrir de coisa boba, voltei a acreditar na singeleza das doações. Eram tantas! Poemas, palavras, conselhos... atenção.
Um dia, do nada, ele se foi e bloqueou-me em todas as redes sociais, sem que tenha havido um desentendimento.
Ó, Deus! Sopra um vento bom para mim, pois eu me sinto nas chamas da ira!
Ó, Deus! Quem suporta ser descartado? Quem suporta falta de consideração? Quem gosta de ser ludibriado?
Talvez fosse pouco, mas eu sou de sonhos pequenos... as minhas grandes realizações não nasceram de sonhos, nasceram do meu passo no caminho. Só meus sonhos são pequenos. Mas são meus.
E eu não gosto de ser descartada...