Estou em um péssimo ponto, entre aqui e lá, aguardando. E essa espera mata a alma porque eu gostaria de não estar esperando.
Estou sem saber muito bem onde estou, se é que estou, se é que sou.
Estou perdendo meus registros, parte da minha biografia se esvai, escapa pelos meus dedos e a única coisa que posso fazer é deixar essa areia caminhada deslizar. E espero.
Espero reencontrar-me depois que essa maldade passar, depois que essa tempestade eterna cravar-se em mim, no oculto da célula, lá, onde eu comecei.
Nem certa é a certeza de que tudo passa, pois apenas se distancia, distancia, tanto, mas tanto, que um dia, você também se vê, grão de areia de chão que se foi.
Setembro, 14