Eu nunca irei me esquecer de que o meu irmão não me convidou para o segundo casamento dele. No primeiro, eu fui madrinha. E ele foi meu padrinho no meu casamento, assim como é padrinho de batismo dos meus filhos.
Eu nunca irei me esquecer, mesmo que passem os anos, a vida, os rios de encontro aos mares; mesmo que amanhã ele não esteja mais casado, mesmo que amanhã ele se arrependa dessa desfeita para comigo, meu marido e meus filhos.
Eu nunca irei me esquecer. E isso cravou-se mais em mim do que toda a nossa história, embora leve, embora pesada, triste ou alegre.
Eu nunca irei me esquecer.
Maio, 25