Não implico com ninguém, principalmente com meus filhos e marido porque eu cresci em meio a pessoas que implicavam comigo por tudo e por nada. Meu pai, embora irascível de nascimento por sofrer de ansiedade generalizada que ele e nós demoramos uma vida para sabermos o diagnóstico dele, não implicava comigo e com ninguém. Meu pai vivia a vida dele, cada um na sua e eu na minha. Certa vez, ele me disse: nenhum homem tem certeza cem por cento de que seus filhos são realmente seus, e isso não me importa e eu não quero saber; jamais faria teste de DNA, mas de você eu não faria mesmo, em hipótese alguma porque você sou eu novamente, você é uma legítima Guimarães.
A vida é singela e feliz. Procuro viver como ela quer, com singeleza e cuidados. Então, eu não implico com meus filhos, e, inclusive, ontem, passei o dia na rua para a minha filha ter momentos festivos com seus amigos, jogar os joguinhos deles e fazer biscoitos de chocolate. Ao sair, eu disse, só volto à noite, a minha casa é a casa de vocês.
Feliz 2024 a todos!