Como sobrevivi à minha família, à sociedade provinciana brasileira da década de 1980 na minha adolescência, aos falsos e aos perigos nas ruas? Como venho hoje ainda driblando parentes falsos, amigos fingidos e pedras no caminho? Se parar para pensar, a gente paralisa, mas se aqui estou prestes a fazer 57 anos é porque eu venci. Eu era grata ao mundo invisível que sempre me protegeu e ainda sou, tenho conexão estreita com meus companheiros de jornada que ninguém vê... mas eu não conhecia a intensidade da proteção. Hoje, ao relembrar, me emociono. No olho do furacão eu não estava só.