A vida é uma hoje, amanhã, outra. Pessoas antes amadas e amáveis tornam-se o contrário e até aquelas sempre desagradáveis podem parecer menos ruins. O que era deixa de ser, transforma-se. E eu que nunca fui de ilusões assombro-me e me deixo calar na mansidão do vento leve do verão californiano, preciso dizer, o agosto daqui é o janeiro brasileiro.
Nesta pandemia, larguei a geografia. Meu mundo agora sou eu, de forma literal. Larguei tudo o que eu pensava. Vejo que eram ideias e alguém certa vez disse-me, "Do not love an idea". Não ame uma ideia.
Ame o amor e esse é sempre palpável, não se iluda!
As pessoas precisam também ser amadas, mas a vida é uma hoje, amanhã, outra.