(...) lá tem um livro para quem quiser escrever para Deus.
Um livro de capa dura, sempre aberto em cima de um aparador, com uma caneta ao lado, presa por um barbante. De forma singela e natural, você escreve para Deus, com a letra que quiser, na língua que quiser, assina seu nome ou não, é tudo do jeito que você quiser. Dias atrás, escrevi pedindo para que Ele também não me abandonasse, finalizei meio sem paciência, escrevi que eu já não mais sabia rezar. Isso me lembra agora um sonho antigo, de três anos atrás, eu dizia que não sabia mais dançar e dispensava um vestido todo bordado de lantejoulas. Chega sempre o dia que a gente desiste porque cansou e a gente passa a não querer mais. E isso é algo vivo dentro do nosso coração, não é charme, não é um outro jeito de ficar mais. É fechar a porta e passar o trinco.
Meu filho disse para eu continuar escrevendo aqui, nem que seja em inglês.