EU DISSE QUE GOSTAVA DE DIÁRIOS?

Fotografia, Suzana Guimarães
Data: Junho de 2020


segunda-feira, 19 de abril de 2021

Vacinação


Jornal brasileiro dizendo que nos EUA as pessoas marcam a vacinação por telefone ou via net e podem escolher qual vacina tomar. Só se for no resto do país porque na Califórnia não é assim até dias atrás. Fiquei sabendo que no centro de convenções da minha cidade estavam vacinando quem chegava lá sem agendamento porque não poderiam, claro, jogar fora as vacinas que sobravam no dia. Fui lá duas vezes e não obtive a minha vacina. Na primeira vez, havia acabado de fechar a atividade; na segunda vez, tinha uma fila quilométrica fazendo voltas em frente ao prédio e um segurança não me deixou nem fazer agendamento já que eu estava lá e nos jornais diziam que as pessoas da fila que não conseguissem a vacina sairiam de lá com agendamento. Via telefone, ninguém atendia. Via net, não havia possibilidade de agendamento para os próximos dias, dizia o anúncio. Então, no dia 2 de abril, R e eu voltamos lá e chegamos bem cedo, por volta das 8h da manhã. Ficamos três horas na fila. Fomos vacinados com as vacinas remanescentes às 11h  da manhã, embora por email, depois, eu tenha recebido a comunicação de que havia sido vacinada com a vacina da Pfizer às 9 e 30 da manhã. 

Sim, foi a vacina da Pfizer, mas foi às 11 horas da manhã, a bem da verdade, e eu não tinha opção de escolha, embora tenha adorado ter recebido-a.

Nos EUA, o serviço de saúde não é único e a minha cidade tem serviço de saúde independente do estado da Califórnia. O serviço do SUS, serviço único de saúde, no Brasil, é respeitado em todo o mundo, é uma das nossas melhores conquistas e eu gostaria que aqui tivéssemos o mesmo. O Brasil está mal nesta pandemia, mas o SUS faz o que pode e isso não pode ser esquecido quando políticos vierem com a conversa de modificá-lo ou mesmo acabar com ele.