Dias de ventos. A persiana branca balança, aflita e satisfeita, parece feliz. O inevitável cochicha ao meu ouvido, ronrona, eu não o entendo bem, mas percebo a cadência dos dias bem mais infinitos que meus desejos. Sou dona da paz. Chamam-me “ sweet Suzana “... isso ecoa doce.
Deve ser porque é primavera.
Os esquilos voltaram. Os pinheiros jogam agora sementes nas varandas. Uma pomba cagou numa das portas de vidro, mas isso é vida!
Pela primeira vez vejo as nuvens amarelas, a polinização do milagre...
Abril, 17