Nas crônicas, deixo meus pontos de vista ou meus sentimentos, pois essa é a intenção da crônica. Assim é no meu livro dOloreS.
Fora delas, escrevo por vários motivos, porque sinto, porque ouvi ou li, porque alguém comentou. Já escrevi no masculino também. Mário Quintana parece ter dito que tudo o que escreveu era sobre ele. No meu caso, nem sempre.
Não me importo mais com as interpretações. Descobri depois de um ou dois anos de blogs que após publicado o texto deixa de ser nosso e passa a ser do leitor.
Sinto até certo prazer quando leio comentários totalmente fora da minha ideia principal. Isso mostra que abri a porta para o outro pensar. Deve ser impossível conseguir que entendam tal qual pensávamos ao escrever. Cada um carrega consigo seus questionamentos, suas dores e alegrias, frustrações e sua carga de vida, daí, o leitor leva isso para o texto. O leitor lê do jeito que quer. A gente já não manda mais nada.