Vi com intensa clareza. Era ainda meio de tarde, havia um pouco de Sol e crianças soltavam pipas, e isso levou-me para trás, uns quarenta e tantos anos... E eu o vi, agitado, andando de um lado para outro ou sentado, por horas, lendo e datilografando, cumprindo o seu melhor, por ofício, por cumprir, por ter que ser, também por caridade. Depois, tudo passou. Tudo memória. Aos meus pés, seu nome escrito acima de duas datas. E eu entendi, é isso o que a gente deixa: um nome.
Diários.
Hoje.